SELO DE SALOMÃO

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

OS ALQUIMISTAS




ALQUIMIA -
De onde terá surgido tal “ciência” que atraiu e fascinou tantos homens ilustres da Antiguidade? 

Muito provavelmente já com o homem pré-histórico, observando sua fogueira e a forma como transformava madeira em cinzas, frio em calor, rochas em vidro.


A História define como data provável do surgimento da Alquimia o período entre 300 a 1400d.C. 

Os Alquimistas eram homens que dominavam a metalurgia.


Segundo alguns historiadores teria surgido no Egito Antigo e sua invenção atribuída a Hermes Trismegisto, inventor de todas as artes.

 
Muitos povos praticaram a Alquimia. Em alguns países foi protegida e estimulada, no entanto em outros foi reprimida e perseguida.


A etimologia da palavra Alquimia é incerta porém acredita-se que derive do árabe al kimiya, cujo significado é: arte mágica da Terra Negra. Referência ao norte do Egito e ao Delta do Nilo. 

Os egípcios eram peritos em metais e acreditavam nos poderes mágicos de determinadas ligas metálicas.


Foi um estudo que mesclou razão com intuição e misticismo para tentar explicar as transformações da matéria. 

Basil Valentine, alquimista e monge beneditino, descreveu a Alquimia como a investigação dos processos naturais com os quais Deus encobriu as coisas eternas.


A principal meta da Alquimia é transformar metais “vis” em ouro.


Tudo teve início na antiga teoria de Aristóteles de que tudo é formado por quatro elementos básicos: terra, água, fogo e ar. Em diferentes proporções, sim, mas apenas pelos quatro.


Os Alquimistas deduziram então que ajustando as tais proporções uma barra de chumbo poderia transformar-se numa bela barra de ouro.


Sua busca constante era pela “Pedra Filosofal”, substância que misturada aos metais provocava a esperada transmutação. Segundo o alquimista Jacob Boehme a Pedra Filosofal é o espírito de Cristo que impregna a alma individual.


Muitos estudiosos dizem que tal idéia é muito simples para a verdadeira busca dos Alquimistas. Haveria outro objetivo por trás de tal conceito. Provavelmente a busca da purificação espiritual.


A intenção era o encontro do puro, no perfeito. Quem sabe a tal “Pedra Filosofal” fosse o caminho para a autopurificação, encontro da perfeição espiritual e conseqüente imortalidade.


Há diversos textos que mencionam o sonho da imortalidade por parte desses homens.

Isaac Newton foi um estudioso da Alquimia.


James Price foi o último alquimista a tentar provar sua descoberta da Pedra Filosofal, em 1783, no entanto após o fracasso de tal experimento ingeriu ácido prússico diante de seus colegas e morreu.


Mas eles foram mais importantes do que se imagina. Aperfeiçoaram processos químicos, tornaram conhecidas substâncias até então desconhecidas, contribuíram para o desenvolvimento de alguns remédios, entre outros.


Incrível a associação que homem faz da pureza ao ouro, metal tão apreciado até nossos dias e que não teve substitutos, apesar de toda a evolução tecnológia e espiritual do ser humano.



A combinação da Química, Antropologia, Astrologia, Magia, Filosofia, Metalurgia, Matemática, Misticismo e Religião é o resumo do que é a ALQUIMIA.



Os quatro objetivos principais declarados pelos alquimistas:
  • ·        Transmutar metais inferiores em ouro;
  • ·       Obter o elixir da longa vida, remédio que curaria todos os males e ofereceria vida longa aos que o ingerissem;
  • ·        Criar a vida humana artificial (o homunculus);
  • ·        Fazer a realeza enriquecer mais rapidamente.

Ciência X Tradição


Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à alquimia um caráter de “proto-ciência”, é importante lembrar que ela possui mais atributos ligados à religião do que à ciência. 

Ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo.

A ideia da transformação de metais em ouro aparentemente está diretamente relacionada com a evolução da consciência humana, elevando-a da ignorância (o chumbo) até a sabedoria (o ouro).

O trabalho relacionado aos metais, assim, era verdadeiramente uma conveniente metáfora para o reputado trabalho espiritual, especialmente na Idade Média, quando acusações de heresia eram constantes e muito mais comuns da parte da Igreja em relação aos que apregoassem um conhecimento diverso do defendido pela crença imposta.

Nicolas Flamel
A maior demonstração das metáforas utilizadas pela alquimia está no livro “O Livro das Figuras Hieroglíficas”, de autoria do famoso Nicolas Flamel, em que este afirma que os termos “bronze”, “titânio”, “mercúrio”, “iodo” e “ouro” seriam subterfúgios para confundir os leitores indignos do conhecimento alquímico verdadeiro.

Para os alquimistas, todo o universo caminhava para a perfeição, cabendo-lhes auxiliar a natureza, ou o Ser Divino, na concretização de Seus propósitos.


A origem da palavra

Duas são as principais linhas de entendimento a respeito da origem da palavra ALQUIMIA.
  • a.      – Da expressão árabe “al Khen” (de raiz coreana), com significado primitivo “país branco” (nome dado à China na antiguidade por sua relação com o hermetismo).

  • b.      – Da expressão “chyma”, que se relaciona com a fundição do mercúrio.

Os principais movimentos alquímicos

a.      Alquimia Chinesa – relacionada ao Budismo, com principal objetivo relacionado à produção do elixir da longa vida, diretamente ligado à fabricação do ouro.

a.1. – Alquimia chinesa Waidanshu – busca o elixir da longa vida por intermédio de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de elementos.
a.2.- Alquimia chinesa Neidanshu – interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir no próprio alquimista.

b.      Alquimia Ocidental – desenvolvida especialmente no Egito, com principal foco na Alexandria, como também na Mesopotâmia, Grécia, Índia, Mundo Islâmico e Europa.

A “Grande Obra”

Objetivando produzir a pedra filosofal (ou medicina universal) a partir de matéria-prima mais grosseira, trabalhavam os alquimistas.

Esta pedra permitiria obter a transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, capaz de prolongar a vida indefinidamente.

Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os “metais” era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da Alquimia. Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma transformação de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior. 

Outros consideram que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem em paralelo; existem, ainda, outras opiniões.

Paracelso
A Pedra Filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o “Elixir da Longa Vida”, uma panaceia universal que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna Medicina, e entre eles destaca-se Paracelso. 

A busca pela Pedra Filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas, ressalvando-se que estas não são escritos alquímicos, a não ser talvez no sentido estritamente psicológico. Em seu romance “Parcival”, escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada do céu por seres celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel importante uma pedra, chamada Hajar El Aswad, que é guardada em uma construção chamada de Kaaba, e que, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em Meca.


Bibliografia

Dicionário de Magia e Esoterismo
Nevill Drury - Editora Pensamento

Alquimistas e Químicos
José Atílio Vanin - Editora Moderna

Enciclopédia de Conhecimentos Esotéricos
Alfredo Nieva - Editora Professor Francisco Valdomiro Lorenz


(*) Márcia Pompei