SELO DE SALOMÃO

SELO DE SALOMÃO
MAÇONARIA MÍSTICA, OPERATIVA E ESPECULATIVA - "GOSP" (V.I.T.R.I.O.L.) החירות האחווה שוויון - שלום עלי אדמות - www.fraternidadesetima.mvu.com,br

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

És Maçom? (uma fábula)



Só me lembrava daquela forte dor no peito. Como viera eu parar aqui? O ambiente me era familiar. Já estivera aqui, mas quando?
Caminhava sem rumo. Pessoas desconhecidas passavam por mim, contudo, não tinha coragem de abordá-las.

Mas espere, que grupo seria aquele reunido e de terno preto?


Lógico! Não estariam indo e vindo de um enterro; hoje em dia é tão comum pessoas irem ao velório de roupa preta. É claro! São Irmãos!.


Aproximei-me do grupo. Ao me verem chegar interromperam a conversa.


Discretamente executei o S.’. de A.’., obtendo resposta.


A alegria tomou conta de mim. Estava entre amigos.


Identifiquei-me. perguntei ansioso o que estava acontecendo comigo.


Responderam-me com muito cuidado e fraternalmente. Havia desencarnado.


Fiquei assustado; e a minha família, os meus amigos, como estavam?


- Estão bem, não se preocupe; no devido tempo você os verá, responderam.


Ainda assustado, indaguei do motivo de suas vestes.


Estamos nos encaminhando ao nosso Templo Maçônico – foi a resposta.


- Templo Maçônico? Vocês têm um?


- Sim, claro. Por que não?


Senti-me mais à vontade, afinal sou um Grande Inspetor Geral e com certeza receberei as honras devidas ao meu Gr.’..


Pedi para acompanhá-los, no que fui atendido.


Ao fim da pequena caminhada divisei o Templo. Confesso que fiquei abismado. Sua imponência era enorme.


As colunas do pórtico, majestosas. Nunca vira nada igual. Imaginei grupos de Irmãos conversando animadamente, porem em tom respeitoso.


O que parecia o líder do grupo, que me acompanhava, chamou um Irmão que estava adiante:


- Irmão Exp.’.! Acompanhai o Irmão recém chegado e com ele aguarde.


Não entendi bem, afinal, tendo mostrado meus documentos, esperava, no mínimo, uma recepção calorosa. Talvez estejam preparando uma surpresa à minha entrada; para um Gr.’. 33 não poderia se esperar nada diferente.


Verifiquei que os Irmãos formavam o cortejo para entrada no Templo. À distância não pude ouvir o que diziam, contudo, uma luminosidade esplendorosa cercou a todos.


De tanta emoção não conseguia dizer nada. O tempo passou... Não pude medir quanto.


A porta do Templo se entreabriu e o Irmão M.’. de CCer.’., encaminhando-se a mim, comunicou que seria recebido. Ajeitei o paletó, estufei o peito, verifiquei se minhas comendas não estavam desleixadas e caminhei com ele.


Tremia um pouco, mas quem não o faria em tal circunstância? Respirei fundo e adentrei ritualisticamente ao Templo.


Estranho... Esperava encontrar luxuosidade esplendorosa, muito ouro e riqueza.


Verifiquei, rapidamente, no entanto, uma simplicidade muito grande.


Uma luz brilhante, vindo não sei de onde, iluminava o ambiente.


Cumprimentei o V.’. M.’. e os VVig.’. na forma usual. Ninguém se levantou à minha entrada. Mantinham-se calados, respeitosos.


Não sabia o que fazer. Aguardava ordens ... e elas vieram na voz firme do V.’. M.’., que, na forma de costume, me perguntou se eu sou maçom.


Reconhecendo a necessidade de tal formalidade em tais circunstâncias, aceitei respondê-lo e o fiz, também pela forma de costume.


Aguardei, seguro, a pergunta seguinte. Em seu lugar o V.’. M.’. dirigindo-se aos presentes, perguntou:


- Os IIr.’., aqui presentes, o reconhecem como Maçom?


Assustei-me. O que era isso? Por que tal pergunta?


O silêncio foi total.


Dirigindo-se a mim, o V.’. emendou:


- Meu caro Ir.’. visitante, os IIr.’. aqui presentes não o reconhecem como Maçom.


- Como não?! Disse eu. Não vêm as minhas insígnias? Não verificaram os meus documentos?


Sim, caro Ir.’., retrucou solenemente o V.’. M.’.. Contudo, não basta ter ingressado na Ordem, ter diplomas ou insígnias para ser um Maçom. É preciso, antes de tudo, ter construído o “seu Templo” e verificamos que tal não ocorreu com o Ir.’.. Observamos, ainda, que apesar de ter tido todas as oportunidades de estudo e de ter galgado ao mais alto dos GGr.’., não absorveu seus ensinamentos. Sua passagem pela Arte Real foi efêmera.


Não pude agüentar. Retruquei:


- Como efêmera? Vocês que tudo sabem não observaram minhas atitudes fraternas?


Fui interrompido.


- IIr.’., vejamos então sua defesa...


Automaticamente desenhou-se na parede algo parecido com uma tela imensa de televisão e, na imagem, reconheci-me junto a um grupo de IIr.’. tecendo comentários desairosos contra a administração de minha Loja. Era verdade.


Envergonhei-me. Tentei justificar, mas não encontrava argumentos. Lembrei-me, então, de minhas ações beneficentes. Indaguei-os sobre tal.


E mudando a imagem como se trocassem de canal, vi-me colocando a mão vazia no Tr.’. de B.’.. Era fato e, costumeiramente, o fazia, por achar que o óbolo não seria bem usado...


Por não ter o que argumentar; calei-me e lágrimas de remorso brotaram-me nos olhos. Iniciei a retirar-me, cabisbaixo e estanquei ao ouvir a voz autoritária e, ao mesmo tempo, fraterna do V.’..


- Meu Ir.’., reconhecemos suas falhas quando no orbe terrestre e na Maçonaria. Contudo, reconhecemos, também, que o Ir.’. foi iniciado em nossos Augustos Mistérios. Prometemos, em suas iniciações, protegê-lo, e o faremos. O Ir.’. terá a oportunidade de consertar seus erros. Afinal, todos nós aqui presentes já os cometemos um dia. Descanse neste plano o tempo necessário e, ao voltar à matéria, para novas experiências, nós o encaminharemos para a Ordem Maçônica. Sua nova caminhada, com certeza, será mais promissora e útil.


Saí decepcionado, mas estranhamente aliviado.


Aquelas palavras parecem ter me tirado um grande peso. Com certeza, ali eu desbastara um pedaço de minha P.’. B.’..


Acordei, sobressaltado e suando. Meu coração, disparado. Levantei-me assustado, mas com certa alegria no peito. Havia sonhado!!


Dirigi-me ao guarda-roupas. Meu terno ali estava.


Instintivamente retirei do paletó as medalhas e insígnias e as guardei em uma caixa.

Ainda emocionado, e com os olhos molhados de lágrimas, dirigi-me à minha mesa e com as mãos trêmulas e cheio de uma alegria enleante, retirei o Ritual de Ap.’. Maç.’..

Contribuição enviada pelo Ir.'. Carlos A. Guimarães

domingo, 26 de agosto de 2012

COMO DEVO IR PARA UMA SESSÃO




O ser humano possui três dimensões básicas: Sentimento, pensamento e ação.

O homem só é capaz de encontrar a felicidade, quando o seu sentimento entra em acordo com a sua realidade interior.

A consciência é a essência universal que age como o grande juiz de nossas ações. Ela nos mostra a realidade e o que nos liga com a verdade. A cada ação, há um despertar maior.

A escada de Jacó representa essa recondução, proporcionando a direção correta que leva o homem que ascende do seu EU inferior em busca do seu EU superior.

Ao entrarmos numa Loja para uma sessão, devemos fazê-lo com espírito positivo, com a mente voltada para construir e o coração aberto transbordando amor e humildade. Humildade para aceitar críticas sem magoas, vencer suas vontades e paixões sem revolta, e também muito vigilante em suas críticas para não cometer ofensas.

A força de uma Loja se estabelece quando reina em seu meio o amor e a sabedoria. Pois através dessa sabedoria chega-se ao equilíbrio e do equilíbrio nasce à união.

Fica bem claro para todos nós, que a união dos irmãos é o maior desejo do GADU, pois os nossos trabalhos só começam com a Loja aberta. E para isso, o orador, estando com o Livro da Lei em suas mãos nos diz:

“ OH! QUÃO BOM E QUÃO SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO! É COMO O ÓLEO PRECIOSO SOBRE A CABEÇA, QUE DESCE SOBRE A BARBA, A BARBA DE ARÃO, E QUE DESCE À ORLA DE SUAS VESTES; COMO O ORVALHO DO HERMOM, QUE DESCE SOBRE OS MONTES DE SIÃO; PORQUE ALI O SENHOR ORDENA A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE”

Sendo assim, sempre que ocorrer a união surgirá à consciência de grupo e como conseqüência surgirá a motivação, motivação esta que irá fazer crescer: O entusiasmo, o respeito mútuo, a vontade permanente de aprender e colaborar, o desejo de ensinar, o comando sem autoritarismo e arrogância, a aceitação sem submissão e o uso da crítica só para construir.

Portanto, o Maçom deverá ir para uma sessão, tendo a certeza de que a construção de seu templo interior depende de si e de seus irmãos, assim como a construção do templo interior de seu irmão depende dele também.

Não atires pedras naquele que te ajudará a levantar templos à virtude e a cavar masmorras ao vício.

Chegue sempre com o sentimento:

O QUE DESEJAIS MEU IRMÃO?
UM LUGAR ENTRE VÓS

TRABALHO REALIZADO POR:
CARLOS ALBERTO DE SOUZA SANTOS – M.I. – CIM 209514
A.R.L.S. DEUS E UNIVERSO Nº 1653
Secretário Estadual de Orientação Ritualística Adjunto para o R.E.A.A.

BIBLIOGRAFIA:
Ritual do GOB – 2009 – Aprendiz Maçom - REAA

sábado, 18 de agosto de 2012

LIDERANÇA MAÇÔNICA




Meus Irmãos,

Mais do que nunca, a MAÇONARIA precisa de Líderes. Líderes são aqueles que possuem um sonho e o colocam à disposição para que todos possam alcançá-lo.

A presença e a atuação de Líderes em todos os níveis do relacionamento
social é um fenômeno bem conhecido e muito estudado.

Na Maçonaria seriam os falados Construtores Sociais, e este tema Liderança é eminentemente Maçônico porque o irmão precisa se auto-determinar para seguir em sua carreira maçônica. Só chega lá, o irmão que lidera seus desejos, controlando-os para atingir os objetivos propostos pela Maçonaria.

Os fundadores das grandes religiões e, infelizmente, alguns ditadores
cruéis, possuíam em grau eminente essa característica: a capacidade de
influenciar e conduzir pessoas, o que lhes permitia conquistar adeptos e
seguidores.

Costuma-se dizer que o Líder consegue captar e exprimir as idéias e
intenções do grupo onde atua, as quais , não raro, os próprios liderados não conseguem formular claramente, mas que o Líder apreende e enuncia: ele diz o que as pessoas estão desejosas de ouvir e por isso é admirado e seguido.

Impõem-se ,contudo , algumas distinções. Enquanto os vanguardeiros do
progresso, os verdadeiros profetas, falam de necessidades profundas que derivam de nossa natureza espiritual, valores e mudança de posturas e atitudes, que são ainda imprecisamente percebidas pelo grande grupo de irmãos, por exemplo, a prática do bem, que é a garantia de se encontrar a Felicidade, ou o servir que é mais moderna compreensão de Liderança, os condutores que atuam exclusivamente no plano comum apontam e destacam vantagens materiais e imediatas, desfrutam delas e, não raro, empregam recursos condenáveis para influenciar os que seguem, como a exaltação do orgulho e da vaidade.

É verdade, isto também ocorre na Maçonaria, os que se julgam maiores, mas não trabalham para o bem de todos e nem servem, mas criticam aqueles que o fazem e buscam uma solução, para o nosso bem comum. Não raro criticando o quê não fazem, ou emitindo boatos aos outros, daquilo que são.

Falha de caráter, talvez desses que acham que precisam ter a resposta
material ou algo em troca daquilo que julgam fazer correto.

Esse é chamado do Líder Utilitarista, só faz algo se vê uma oportunidade em troca e de preferência para ele.

Não, não é essa a liderança que a Maçonaria precisa.

Como temos na moderna comunicação de massa facilidades que esse Líder se utiliza e em sua Loja ou no grande Grupo, usa tal processo para tirar vantagem, que ele julga oportuna. Lamentável não estarmos de olhos abertos para barrar, desde o seu nascedouro, tais procedimentos.

Mas há ainda outra diferença essencial. Enquanto a Liderança a serviço do interesse material procura conduzir alinhando a vontade e anulando o
discernimento dos seguidores, a Liderança Maçônica jamais emprega artifícios para tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela moral, pelo exemplo e pela ação. Aponta caminhos, sobretudo pelo exemplo, luta pelos seus ideais, reafirmando os compromissos individuais na Maçonaria.

Na Maçonaria deve ocorrer de forma natural, sem ser prejudicado pelo
interesse material, de negociações interesseiras e sem ilusão aos mais novos e ainda mais que precisamos ser líderes de homens-maçons que são voluntários.

Mas há necessidade, por outro lado, da qualificação desses homens-maçons, sejam elas técnicas, sociais, humanistas, não desprezando jamais sua história social, já que após a iniciação, por ser um novo homem, não exclui sua vida passada cultural e social. Essa é sua bagagem, precisa ser respeitada.

E o Líder, precisa ter a sensibilidade de observar como mostrar o caminho, para aquele que possui discernimento e para a aquele que ainda não possui.

Nem todos meus irmãos, estão no mesmo nível de desenvolvimento, inclusive espiritual.

O conhecimento e a qualificação reflete a tendência moderna de busca do
aperfeiçoamento das atividades mediante a incorporação de técnicas e
procedimentos novos que proporcionam maior rendimento e mais satisfação para os que se acham nelas envolvidos.

Por isso, necessário se faz um planejamento para as Lojas e conciliar as
técnicas modernas de gestão com as técnicas maçônicas, que não são em nenhuma hipótese excludentes. A Maçonaria busca na sociedade seu novo membro, portanto ela não está separada dista e precisa por ser progressista e se atualizar constantemente.

O líder maçom precisa ter esta sensibilidade para quando necessário agir em tal sentido.

É interessante lembrar, por exemplo, que na obra de MAQUIAVEL - O Príncipe ,estudado como manual de liderança, possui sugestões como:
o príncipe não precisa respeitar a palavra empenhada, sacrificar um amigo fortalece o príncipe, ou ainda o governante deve ser temido pelos
governados.

Esse tipo de liderança, não serve mais, a força não vence mais.

Mas há os manuais dos líderes servidores, e são vários; O MONGE E O
EXECUTIVO, COMO SE TORNAR UM LÍDER SERVIDOR, A SABEDORIA
DOS MONGES NA ARTE DE LIDERAR , JESUS O MAIOR LÍDER DE TODOS OS TEMPOS, etc..,

Esses recomendam servir desinteressadamente ao próximo, fazer o bem, sem olhar a quem, a forma correta de proceder no trato com o próximo.

É este tipo de liderança que a Maçonaria precisa e está buscando.

Maçons baseados no amor, nos princípios da moral e da razão, auxiliando o próximo na busca de tornar feliz a Humanidade, dando o norte, porque recebeu o norte, que é de ação e mudança para melhor.

Sabe que por estar a prumo, é ele quem comanda e não é comando por
fórmulas, manuais ou rituais, e por se conhecerem sabem que o servir é o
caminho da liderança clara, honesta e com objetivos comuns a todos.

Por serem servidores, não lhes causa problema algum serem os últimos
servidores a receberem os benefícios dos que procuram a colaboração
fraterna.

Quem abre uma estrada é o que enfrenta os piores lugares e momentos, mas são os que mostram o caminho a ser trilhado. E esses líderes a Maçonaria ainda está necessitando, são os que estudam, buscam soluções, falam, jogam aberto e se interessam sobremaneira com o próximo.

O Verdadeiro líder maçônico gosta de gente, de seus irmãos e não de status ou de cargos, que são passageiros e momentâneos.

Meus Irmãos,

O LÍDER MAÇÔNICO PRECISA SERVIR PARA MUDAR. PORQUE QUEM NÃO MUDA, É PORQUE NÃO ESTÁ SERVINDO.

É este líder ativo e de visão para servir que estamos em nossas Lojas
precisando para atender aos anseios da sociedade, que é composta pelos
próprios irmãos.

Observemos, é necessário!

Fraternalmente.

Ir:. Carlos Augusto G. Pereira da Silva
EX:.V:.M:. da LOJA OBREIROS DE SÃO JOÃO , Nr. 42 - R.E.A.A. - MRGLMERGS.
Contribuição do Irmão Wagner S. Barbosa, Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro, GOB-SC.

POR QUE SAÍ DA MAÇONARIA?



Sai da Maçonaria porque era curioso em saber o que se passava lá dentro, quando eu estava fora, e depois de iniciado vi que não tinha graça nenhuma.

Sai da Maçonaria porque muitas vezes via os irmãos com mais tempo de Ordem do que eu se auto-vangloriar porque tinham mais tempo de casa.

Sai da Maçonaria porque me irritava ver irmãos chegando atrasados à Sessão.

Sai da Maçonaria porque via irmãos disputando qual o rito era mais bonito e importante.

Sai da Maçonaria porque via os irmãos reparando nos outros, que vinham para a sessão com o terno amassado, sapato sujo ou de balandrau.

Sai da Maçonaria porque os irmãos faltam demais as Sessões.

Sai da Maçonaria porque via os irmãos muito mais preocupados com o “segundo tempo” do que com a Sessão.

Sai da Maçonaria porque ela vive de passado, e não de presente e futuro.

Sai da Maçonaria porque a culpa de todas as falhas é do Grão-Mestre e do Venerável.

Sai da Maçonaria porque via muitas fofocas entre irmãos.

Sai da Maçonaria porque irmãos vão as Sessões para satisfazerem suas vontades, e nunca se oferecem à ajudar ninguém.   

PENSANDO BEM:
Não vou sair da Maçonaria, porque a Ordem é iniciática e os passos seguintes devem ser dados por mim, e para ela não ficar sem graça eu também devo ser motivo de inspiração para meus irmãos.

Não vou sair da Maçonaria porque eu também fui incrédulo quando me vangloriei por ter mais tempo que alguém na Ordem, e devo parar de ser orgulhoso.

Não vou sair da Maçonaria porque quando chego atrasado á Sessão quero que todos entendam o meu motivo, e por ignorante que sou não sou capaz de entender o motivo do outro.

Não vou sair da Maçonaria porque percebi que ela é muito mais importante que seus ritos, e não existem ritos melhores ou piores.

Não vou sair da Maçonaria porque devo parar de reparar nos irmãos que chegam de terno amassado, e devo ficar feliz porque mesmo de balandrau meu irmão veio à Sessão.

Não vou sair da Maçonaria porque eu também falto as Sessões e muitos irmãos me ligam perguntando por que faltei, e eu alguma vez já fiz isso?

Não vou sair da Maçonaria porque tenho que parar de criticar meus irmãos que estão ali preocupados com o “segundo Tempo”, pois eu também participo. Devo recusar os convites já que acho que é tão errado nos outros, e mesmo que eu não vá participar, jamais criticá-los.

 Não vou sair da Maçonaria porque eu também sou responsável pelo presente, objetivando o futuro e devo fazer a diferença onde estou.

 Não vou sair da Maçonaria porque não estou ali por causa de seus dirigentes, e se os mesmos falham devo ajudá-los com sugestões e apontamentos de saída dos problemas e não apenas criticá-los.

Não vou sair da Maçonaria porque não devo fazer fofocas de irmãos ou não participar delas.

Não vou sair da Maçonaria porque devo ajudar meus irmãos e estar sempre à disposição e a serviço do outro, e não apenas esperar que os outros façam por mim.

Pensando bem eu acreditava que o problema estava nos outros, mas eu cometia todos os vícios que pensava não tê-los, e por isso não vou sair da Maçonaria, porque eu devo sentir em mim ser objetivo de mudança, nunca desistir, quantas vezes queremos tiras os ciscos dos olhos dos outros e não vemos a trave nos nossos olhos.

Os problemas muitas vezes estão em nós e não nos outros, às vezes a mudança parte de nós, eu era o culpado e não os outros.

Por isso não vou sair da Maçonaria, vou trabalhar a Pedra Bruta que atrapalha meu coração de ser paciente, tolerante, prestativo e compreensivo com meus irmãos, para servir a sociedade de maneira Justa e Perfeita, para que ela seja, também, um reflexo meu, e se ela precisar de mudanças é sinal que eu também preciso, e já que o Grande Arquiteto Do Universo é Deus, devo acreditar mais Nele para que sejamos cada vez melhores e mais fraternos.

Um Tríplice e Fraternal abraço!

Ir.’. Vitor Andrade
ARLS Universitária Verdade e Evolução, 3492
GOB-GOB/DF – Rito Moderno

COMO RECONHECER UM MAÇOM!




Ser reconhecido Maçom podemos até por um simples PIM na lapela.  Por isso nossa preocupação deve ser:   Que qualidade de Maçom sou reconhecido?  Um Maçom de ouro ou um Maçom apenas dourado (ou nem isso...)?

Maçons existem que se acomodam, julgando que, atingindo o grau de Mestre estão na plenitude maçônica.  Na verdade, considerando a Maçonaria Simbólica é o último grau.   Porém, não se pode dizer com isso sejam ‘justos e perfeitos’, vez que o desbaste da pedra bruta somente termina com a nossa ida para o Oriente Eterno.  Assim sendo, triste do Maçom que aposenta seu Maço e seu Cinzel.   Porque a construção de nosso Templo interior só termina com o final de nossa vida material.  E não é  suficiente somente esquadrejarmos a Pedra Bruta.  Necessário se faz também deixá-la bem polida.

Diz o LL que fomos criados à imagem do G:.A:.D:.U:. (Gên. 1,26); porém a semelhança precisa ser conquistada.  O desbaste da nossa pedra bruta, poderá resultar numa ‘obra de arte’ ou num ‘monstrengo’.  Se o monstrengo for o resultado final, o Criador nos irá arguir:   “É isto que me apresenta no final de sua caminhada”?!

Nossa responsabilidade vai além do próprio desbaste.  Precisamos ajudar os Irmãos na caminhada, não só com nosso bom exemplo, como alertando os acomodados para um melhor desempenho maçônico.

Não basta ser reconhecido Maçom.   É preciso também ser reconhecido como MISSIONÁRIO, como autêntico CONSTRUTOR SOCIAL.
         
As duas horas templárias são importantíssimas para recarregarmos nossas baterias.  Assim, não devemos faltar às reuniões da nossa Loja.  Até como desculpa, alguns dizem que já fazem maçonaria, fora do templo. Ótimo.  Isso é um dever de todo bom maçom.  Mas não o isenta do comparecimento às Reuniões.

Alguns dizem que não vai à Loja, porque as reuniões são da mesmice.  Ora, se a Loja entrou numa mesmice a culpa é de todos e de cada um.  Use-se então o Saco de Propostas e Informações, não para criticar mas para sugerir melhoras.   O bom Maçom participa de tudo de sua Loja, de suas decisões, de seus projetos.  O bom Maçom não se distancia de seus Irmãos;  a prática da fraternidade se faz com o bom convívio (Sl 133).

Quando falo aos Aprendizes costumo perguntar ‘quem é o responsável pela Loja’ e a maioria deles dizem ser o Venerável Mestre.  Apontando para ele(s) afirmo:  O responsável é você.   Somos todos nós.

Talvez muitos Mestres não digam que a responsabilidade da Loja seja do Venerável, mas pensam e agem como se assim o fossem.  Por isso não acham grave faltar às Reuniões, motivo porque algumas Lojas têm até abatido colunas.

Seria bom cada um contemplasse o ‘OLHO QUE TUDO VÊ’, a onisciência divina, e refletisse: “Como me vê o G:.A:.D:.U:.?   Um maçom responsável, presente, participativo, fraterno, preocupado com o bom desempenho da Maçonaria?”

O progresso na maçonaria também se consegue pelo estudo, pela pesquisa, pela apresentação de Peças de Arquitetura.  Quem assim faz aprende sempre mais e enriquecem também os outros com seus conhecimentos partilhados.  (“A luz que tu levas para alguém, vai iluminar-te também”).  Não faz sentido Mestre que não ensina.

Irm:. W.S.S.  

ALERTA AOS CANDIDATOS A MAÇONARIA



Se você recebeu algum convite para preencher um cadastro online, pagar uma taxa em algum banco e marcar sua admissão, ou para ou para assistir palestras públicas em Associações que se dizem maçônicas...

A Maçonaria é uma instituição tradicional, cujas origens se perpetuam nas brumas do passado e até para os próprios membros é motivo de calorosos debates e profundos estudos. Não temos nos registros históricos um "momento de fundação", mas, temos registros da constituição da primeira Associação (ou, como chamamos, "Potência") Maçônica: a atual Grande Loja Unida da Inglaterra. A partir desta, cada Potência Maçônica só é reconhecida como tal através de tratados internacionais de Reconhecimento e do atendimento a Princípios Fundamentais que garantem Regularidade. 

No Brasil, a primeira e mais antiga das Potências Maçônicas é o atual GOB - Grande Oriente do Brasil, Potência Central que abriga Potências Estaduais - os "Grandes Orientes Estaduais". Em 1927, através de uma cisão histórica, Lojas Maçônicas que saíram do GOB originaram as Grandes Lojas, que hoje se associam na Confederação Maçônica Simbólica Brasileira (CMSB). Em 1973, através de outra cisão histórica no GOB, fundaram-se os Grandes Orientes Independentes, associados na Confederação Maçônica do Brasil (COMAB). 

Este espaço não se destina à discussão dos conceitos de Regularidade e Reconhecimento, mas, a deixar clara uma afirmação: o termo "maçonaria" é de domínio público, mas, nem tudo que se diz "maçonaria" o é
verdadeiramente. 

Também não pretendemos dizer que só é "maçom" quem faz parte das três Associações Maçônicas acima, pois existem associações que fazem trabalho sério baseado na filosofia maçônica, mas, seja por vício de origem seja por não atenderem plenamente às Antigas Tradições, seus membros NÃO SÃO ADMITIDOS NEM COMO VISITANTES NO GOB, NA CMSB, NA COMAB e nos Grandes Orientes e Grandes Lojas espalhados pelo mundo. 

Importante lembrar que NENHUMA DAS TRÊS ASSOCIAÇÕES MAÇÔNICAS acima, ACEITA MEMBROS PELA INTERNET. Se você recebeu algum convite para preencher um cadastro online, pagar uma taxa em algum banco e marcar sua admissão, ou para assistir palestras públicas em Associações que se dizem maçônicas, mas, não fazem parte do GOB, da CMSB ou da COMAB, saiba que pelas três você não será considerado, sem juízo de valor sobre suas qualidades como pessoa ou cidadão, um verdadeiro Maçom.
Texto original de http://www.maconaria.srv.br/

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Maçonaria



O que é a Maçonaria?
- A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.
Por que é Filosófica?
-É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.
Por que é Filantrópica? 
- É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma classe, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem-estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência.
Por que é Progressista? 
- É progressista porque partindo do princípio da imortalidade e da crença em um princípio criador regular e infinito, não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições. E não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão o da razão com base na ciência.
Quais são os seus princípios? 
- A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, a raça ou nacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo CRIADOR e, portanto, humanos e como conseqüência, a fraternidade entre todas as nações.
Qual o seu lema? 
- Ciência - Justiça - Trabalho: Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los; Justiça, para equilibrar e enaltecer as .relações humanas; e Trabalho por meio do qual os homens se dignificam e se tornam independentes economicamente. Em uma palavra, a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual, moral e social da humanidade.
Qual é seu objetivo? 
- Seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes.
O que entende a Maçonaria por moral? 
- Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça.
O que entende a Maçonaria por virtude? 
- A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal. Em resumo: a virtude não retrocede nem ante o sacrifício e nem mesmo ante a morte, quando se trata do cumprimento do dever.
O que entende a Maçonaria por dever? 
- A Maçonaria entende por dever o respeito e os direitos dos indivíduos e da sociedade. Porém não basta respeitar a propriedade apenas, mas, também, devemos proteger e servir aos nossos semelhantes. A Maçonaria resume o dever do homem assim: "Respeito a Deus, amor ao próximo e dedicação à família". Em verdade, essa é a maior síntese da fraternidade universal.
A Maçonaria é religiosa? 
- Sim, é religiosa, porque reconhece a existência de um único princípio criador, regulador, absoluto, supremo e infinito ao qual se dá, o nome de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, porque é uma entidade espiritualista em contra posição ao predomínio do materialismo. Estes fatores que são essenciais e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do UNIVERSO, formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividade maçônicas.
A Maçonaria é uma religião? 
- Não. A Maçonaria não é uma religião. É uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre si. União recíproca, no sentido mais amplo e elevado do termo. E nesse seu esforço de união dos homens, admite em seu seio pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção.
Para ser Maçom é necessário renunciar à religião a qual se pertence? 
- Não, porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem em um só Criador, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que é Deus. Geralmente existe essa crença entre os católicos, mas ilustres prelados tem pertencido à Ordem Maçônica; entre outros, o Cura Hidalgo, Paladino da Liberdade Mexicana; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América Central; o Arcebispo da Venezuela, Don Ramon Ignácio Mendez; Padre Diogo Antonio Feijó; Cônegos Luiz Vieira, José da Silva de Oliveira Rolin, da Inconfidência Mineira, Frei Miguelino, Frei Caneca e muitos outros.
Quais outros homens ilustres que foram Maçons? 
- Filósofos como Voltaire, Goethe e Lessing; Músicos como Beethoven, Haydn e Mozart; Militares como Frederico o Grande, Napoleão e Garibaldi; Poetas como Byron, Lamartine e Hugo; Escritores como Castellar, Mazzini e Espling.
Somente na Europa houve Maçons ilustres? 
- Não. Também na América existiram. Os libertadores da América foram todos maçons. Washington nos Estados Unidos; Miranda, o Padre da Liberdade sul-americana; San Martin e O'Higgins, na Argentina; Bolivar, no Norte da América do Sul; Marti, em Cuba; Benito Juarez, no México e o Imperador Dom Pedro I no Brasil.
Quais os nomes de destaque no Brasil que foram Maçons? 
-D. Pedro I, José Bonifácio, Gonçalves Lêdo, Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa e muitos outros.
Então a Maçonaria é tolerante? 
- A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus. membros a mais ampla tolerância. Respeita as. Opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas as religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis e rechaça toda pretensão de outorgar situações de privilégio a qualquer uma delas em particular.
O que a Maçonaria combate? 
- A ignorância, a superstição, o fanatismo. O orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios.
A Maçonaria é uma sociedade secreta? 
- Não, pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida. As autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enciclopédias, livros de história etc. O único segredo que existe e não se conhece senão por meio do ingresso na instituição, são os meios para se reconhecer os maçons entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.
Quais as principais obras da Maçonaria no Brasil? 
- A Independência, a Abolição e a República. Isto para citar somente os três maiores feitos da nossa história, em que os maçons tomaram parte ativa.
Quais as condições individuais indispensáveis para poder pertencer a Maçonaria? 
- Crer na existência de um princípio Criador; ser homem livre e de bons costumes; ser consciente de seus deveres para com a Pátria, seus semelhantes e consigo mesmo; ter uma profissão ou oficio lícito e honrado que lhe permita prover suas necessidades pessoais e de sua família e a sustentação das obras da Instituição.
O que se exige dos Maçons? 
- Em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que as regem; amor à Pátria; respeito aos governos legalmente constituídos; acatamento às leis do país em que viva, etc. E em particular: a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; conduta correta e digna dentro e fora da Maçonaria; a dedicação de parte do seu tempo para assistir às reuniões maçônicas; a prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em toda a sua plenitude. Ademais, se proíbe terminantemente dentro da instituição, as discussões políticas e religiosas, porque prefere uma ampla base de entendimento entre os homens afim de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil.
O que é um Templo Maçônico? 
- É um lugar onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas que lhes são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar sua atenção e esforços para melhorar seu caráter, sua vida espiritual e desenvolver seu sentimento de responsabilidade, fazendo-lhes meditar tranqüilamente sobre a missão do homem na vida, recordando-lhes constantemente os valores eternos cujo cultivo lhes possibilitará acercar-se da verdade.
O que se obtêm sendo Maçom?
- A possibilidade de aperfeiçoar-se, de instruir-se, de disciplinar-se, de conviver com pessoas que, por suas palavras, por suas obras, podem constituir-se em exemplos; encontrar afetos fraternais em qualquer lugar em que se esteja dentro ou fora do país. Finalmente, a enorme satisfação de haver contribuído, mesmo em pequena parcela, para a obra moral e grandiosa levada a efeito pelos homens. A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base de respeito à personalidade, à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas. O segredo maçônico, que de má fé e caluniosamente tem se servido os seus inimigos para fazê-la suspeita entre os espíritos cândidos ou em decadência, não é um dogma senão um procedimento, uma garantia, uma defesa necessária e legítima, porém como inevitavelmente tem sucedido com todo direito e seu dever correlativo, o preceito das reservas maçônicas já tem experimentado sua evolução nos tempos e segundo os países. A Maçonaria não tem preconceito de poderes, e nem admite em seu seio, pessoas que não tenham um mínimo de cultura que lhes permitam praticar os seus sentimentos e tenham uma profissão ou renda com que possam atender às necessidades dos seus familiares, fazer face às despesas da sociedade e socorros aos necessitados.

Epicuro









Filosofia para o Dia-a-Dia: Epicuro e a Felicidade

No documentário "Filosofia para o Dia-a-Dia" (Philosophy: A Guide to Happiness), o filosófo suiço Alain de Botton destaca 6 grandes pensadores sobre temas importantes do nosso cotidiano:
  • Epicuro e a Felicidade
  • Schopenhauer e o Amor
  • Sócrates e a Auto-Confiança
  • Nietzsche e o Sofrimento
  • Montaigne e a Auto-Estima
  • Sêneca e a Ira

     Epicuro e a Felicidade
    "Ninguém jamais é demasiado jovem ou velho para alcançar a saúde do espírito e a felicidade."
Melhores Trechos
Epicuro acreditava que todos podem achar um meio de serem felizes [...] Ele dizia que não devemos nos sentir culpados por desejar uma vida prazerosa e divertida
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Epicuro buscava uma vida feliz. Gostava de sexo, de riso e beleza, mas dedicava-se a mostrar que felicidade é um tema mais difícil do que parece.
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Epicuro dizia que o prazer era a coisa mais importante da vida. Mas, não de uma forma voluptuosa.

Sua casa era simples, o guarda-roupa não tinha luxos, ele bebia água em vez de vinho, achava o peixe caro demais e satisfazia-se com refeições à base de pão, legumes e azeitonas.
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Epicuro dizia ter descoberto nossas verdadeiras necessidades
 e, para a sorte dos menos abastados, os ingredientes da felicidade são bem baratos.
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O 1º ingrediente para a Felicidade: ter amigos.Epicuro levava a idéia da amizade muito a sério [...] acreditava que amigos trazem felicidade. A diferença é que ele pensava que, para se beneficiar das amizades, não bastava encontrar os amigos de vez em quando para um drink, ou telefonar para eles. Você devia estar sempre com eles, que seriam companheiros permanentes.

[...] Ele dizia que não devemos comer sozinhos, nem um mero lanche. "Antes de comer ou beber qualquer coisa", ele escreveu, "pense em companhia de quem você vai fazer isso, mais do que no que vai comer ou beber"
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O 2º ingrediente para a Felicidade: liberdade.Para consegui-la, ele e os amigos decidiram se afastar de Atenas. Liberdade, para eles, era ter independência financeira, ser auto-suficientes, sem depender de chefes tirânicos para obter renda. Assim, eles decidiram abandonar a vida na cidade, com sua atmosfera competitiva e fofocas.
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O 3º ingrediente para a Felicidade: uma vida bem-analisada.Ele se referia a uma vida em que reservássemos tempo para reflexão, para fazer a análise do que nos preocupa. Nossas ansiedades diminuem se nos damos tempo para pensar nelas. Mas, para isso, temos de nos afastar das distrações do mundo comercial, e achar o tempo e o local para pensarmos em nossa vida.
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A maioria acha que o segredo da felicidade é ter muito dinheiro. Com ele, você pode ir a vários lugares e comprar tudo [...] Epicuro pede-nos para parar e pensar. É fácil imaginar que o dinheiro resolve tudo. Mas resolve mesmo?
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Nós não sabemos bem o que nos faz felizes. Podemos nos sentir atraídos por bens materiais, na crença de que eles nos trarão felicidade. Mas, muitas vezes, erramos. Nem sempre desejamos aquilo de que precisamos.
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"Na hora da compra, sinto-me feliz. Mas, quando chegam as faturas do cartão de crédito e os boletos dos empréstimos, não é tão bom, porque vejo quanto dinheiro vai embora"
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Não há momentos em que você se vê cercado de sacolas e pensa: "Meu Deus, o que estou fazendo?" Há, sim. Você chega em casa com montes de sacolas, e pensa: "Por que gastei tanto?" Ou fica apavorado com a fatura do cartão de crédito no fim do mês.
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Não entendemos nossas necessidades e, por isso, caímos vítimas de desejos substitutivos, tais como calças que não nos servem ou sapatos que nunca vamos usar.
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É claro que ter muito dinheiro nunca tornou ninguém infeliz, mas acho que a idéia interessante de Epicuro é que, se você não tem dinheiro por alguma razão, mas tem os três pré-requisitos, amigos, uma vida bem-analisada e auto-suficiência, não terá problemas para chegar à felicidade.

Da mesma forma que, se você tiver montes de dinheiro, mas lhe faltarem amigos, auto-suficiência e reflexão, jamais poderá ser feliz, segundo Epicuro.

E que o grau de felicidade não aumentaria com o aumento da riqueza. Ele ficaria estável. Por outro lado, se você for rico, mas não tiver amigos, não for auto-suficiente e tiver muitas ansiedades, seu grau de felicidade vai ficar bem baixo.
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Mas, se a receita da felicidade é tão simples, por que a maioria das pessoas não é feliz? Epicuro culpava a publicidade [...] Ela nos faz acreditar que faltam muitas coisas em nossa vida.
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Epicuro diria que o mundo do comércio cria associações implicitas entre aquilo que quer nos vender e nossas verdadeiras necessidades. Este outro tenta vender perfume, batizando-o com o nome daquilo que mais queremos: liberdade. E este outro nos empurra uisque com a promessa de solução dos problemas que só a análise ponderada da nossa vida pode trazer.
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"Eu compro para me alegrar, se já estiver alegre não preciso comprar"
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Quando somos estimulados a comprar por luzes e anúncios coloridos, acabamos esquecendo facilmente de nossos desejos verdadeiros. Temos de combater a influência da publicidade, criando anúncios que nos lembrem daquilo que realmente precisamos.
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Imagine um mundo onde, em vez de estar cercado por anúncios de relógios, carros ou pacotes de viagem, esses mesmos anúncios lembrassem-nos da importância de ter amigos, escapar das armadilhas do cotidiano ou de refletir sobre seus problemas, e não usassem essas verdades para vender perfume ou aperitivos.
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Pode ser dificil conseguir a felicidade, como Epicuro admitia. Mas ele também insistia que os obstáculos não são financeiros.

Para assistir ao documentário no Youtube

http://www.youtube.com/watch?v=EAeeChsoE2g

http://www.youtube.com/watch?v=RjKspmFR-uk

http://www.youtube.com/watch?v=yquMwrAOuOA

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CARACTERÍSTICAS E AÇÕES DO MESTRE MAÇOM SERVIDOR




Confunde-se muitas vezes o mestre maçom servidor com uma pessoa que se anula e se torna subserviente ao grupo, é tanto que, por insegurança, alguns mestres maçons presidentes passam a adotar uma sombria postura isolada, quando não arrogante e prepotente. 

Com firmeza exacerbada, aplicam a rigidez ritualística nas sessões e nunca se arriscam em soltarem a loja em edificantes debates em família, sem os degraus que separam oriente e ocidente, como preconiza o modelo de igualdade da sociedade maçônica.

Ao mestre maçom cabe desenvolver liderança, a habilidade de influenciar seus pares a trabalharem entusiasticamente em si mesmos de modo a saírem do templo renovado para suas lides no mundo onde dedicarão suas vidas ao bem comum. Esta liderança é uma habilidade adquirida pela participação e convivência nas atividades litúrgicas e sociais da loja. 

É nos templos que se aprendem e desenvolvem habilidades da técnica de influenciar pessoas voluntárias. Esta habilidade de liderança é resultado do desejo ardoroso de fazê-lo e desde que se coloquem em prática ações adequadas.

Para desempenhar a liderança o mestre pode usar do poder que leis e regulamentos lhe facultam, forçando e coagindo os obreiros a fazerem suas tarefas, mesmo que não se predisponham em fazê-lo. Pode também usar de habilidade e levar os voluntários a fazerem de boa vontade o que determina por conta da influência pessoal que possui. 

O mestre servidor é sábio, bem treinado executa a liderança com eficiência sem utilizar-se do poder de que dispõe por lei ou por influência pessoal e leva seus liderados a executarem tarefas enquanto são construídos relacionamentos; onde o liderado alcança os objetivos comuns por conta de sua própria voluntariedade, ação e responsabilidade.

Quando ouvem discursos empolgantes e motivadores, a maioria dos mestres maçons entende e se entusiasmam com a ideia do constante desenvolvimento proposto pela Maçonaria, mas quando voltam para suas lides diárias esquecem rapidamente do que se tratou no dia anterior e não mudam. Como é possível progredirem se não mudam? Como poderão aguardar resultados diferentes sem forçar mudanças?

Para liderar é necessário servir, é desenvolver a capacidade de identificar e satisfazer necessidades legítimas dos liderados, removendo barreiras para que nasçam relacionamentos edificantes. O líder servidor não é o escravo que faz o que os outros querem, o maçom servidor faz tudo aquilo que os outros precisam para atingir suas metas e necessidades.

A disciplina desenvolvida pela ritualística estabelece limites bem definidos e rígidos que o maçom usa para sua autoeducação e assim torna-se pessoa responsável com atuação proativa. O que treina pela repetição da ritualística aplica depois automaticamente em sua vida fora do templo. O líder maçom está sempre muito mais preocupado com as necessidades que com as vontades dos irmãos.

Maslow definiu as necessidades humanas numa escala: 1 - comida, água, moradia; 2 - segurança e proteção; 3 - pertencimento e amor; 4 - autoestima; 5 - autorrealização. O estágio seguinte nunca será completo sem a total satisfação das necessidades que a antecedem. 

O mestre maçom servidor está no último estágio desta escala. Enquanto não tiver atendidas todas as necessidades anteriores, é muito difícil que desenvolva a capacidade de liderança natural de um mestre maçom servidor, será qualquer coisa, mas não um servidor em sua plenitude. 

Nos primeiros estágios é comum interpretar o servir com anulação e subserviência. A luta para atender as necessidades que antecedem a fase da autorrealização o deixa incompleto, na defesa. É tanto que nesta fase evolutiva procura mais tirar vantagem para atender primeiro suas próprias necessidades não atendidas que as do próximo. 

É por isso que para se desenvolver ao ponto de atingir o último estágio desta escala é necessário aplicar tempo e energia para efetuar mudanças. Sem mudanças, sem resultados diferentes!

O ponto fundamental do maçom que alcança na vida o último estágio de realização das necessidades é desenvolver o amor fraterno apoiado na vontade. É aquele amor identificado pelos grandes iniciados que já se foram. É aquele amor que tem a infalível capacidade de resolver a todos os problemas que afligem os relacionamentos humanos. 

É um amor traduzido pelo bom comportamento. Este amor incondicional e liderança são sinônimos. É tanto que este amor é doado para bons e maus; sem significar que o maçom servidor considera que as pessoas ruins não são ruins. Doar-se não significa subserviência e anulação, mas conduzir o grupo de tal maneira que o bem comum, as virtudes individuais fiquem a disposição do grupo.

O líder qualificado na plenitude de sua auto realização tem como características: usa de bondade, aprecia e incentiva cada obreiro em sua atividade; presta atenção ao que o liderado diz; elogiar faz parte da psique humana, daí elogia na hora certa e com isto constrói relacionamentos, mas nunca abusa deste porque em demasia o elogio se banaliza; amor é sinônimo de humildade; é autêntico, sem pretensão, orgulho e ganância; não finge e também não é franco tosco a ponto de ofender; coloca o outro sempre numa posição de destaque, onde se sinta importante, trata com respeito, sem diminuir a si mesmo ou anular-se; satisfaz ou cria os mecanismos para o liderado satisfazer suas necessidades; em caso de ressentimentos, da maneira mais habilidosa e urgente, desiste de ressentimentos e perdoa quando o liderado o engana, haja vista que decepções são comuns nos relacionamentos, à maioria delas em resultado de ruídos na comunicação que de maldade; cria tal confiança de parte do liderado que este deposita confiança em sua honestidade; ao efetuar escolhas, atem-se firmemente a estas, só mudando de posição com razões claras, bem definidas e de forma transparente.

Como o homem é autodeterminante por ação de seu livre arbítrio só ele mesmo tem a capacidade de mudar-se. Na Maçonaria é a ação da autoeducação, o "conhece-te a ti mesmo", de Sócrates. Em todos os graus o maçom servidor lida com pensamentos. É pelo pensamento que a Maçonaria muda a sociedade. O pensamento transformado em ações desenvolve hábitos, que por sua vez sedimentam num caráter elevado que conduz o líder maçom servidor ao seu destino.

Assim como fizeram os iluministas do século das luzes, ao mudarem os homens pela ação do pensamento, estes mudaram a sociedade, a um homem convencido dificilmente se domina; apenas se lidera. Liderar um homem livre pensador para objetivos que visam o bem comum é um desafio pessoal, mas é, adicionalmente, a maior expressão da palavra liberdade, e isto só é possível se o mestre maçom, sem diminuir-se, sem anular-se, serve aos demais.

Disciplinar-se para tornar-se mestre maçom servidor não é ação natural, é algo a ser treinado em todas as oportunidades. Cada mestre maçom tem o potencial de desenvolver a capacidade de tornar-se servidor sem se anular, porque esta é característica de projeto da criatura desenvolvida pelo Grande Arquiteto do Universo. Aquele que descobre o servir como alimentador da última das necessidades humanas se autorrealiza em tudo o que faz e, certamente, usufrui de inúmeros momentos de felicidade como seu justo salário.
Bibliografia:
1. FERREIRA, Antônio do Carmo, A Função do Maçom na Sociedade, ISBN 978-85-7252-272-4, 1ª edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 148 páginas, Londrina, 2009.
2. GAARDER, Jostein, O Mundo de Sofia, Romance da História da Filosofia, título original: Sofies Verden, tradução: Gabriele Haefs, ISBN 85-7164-475-6, 1ª edição, Editora Schwarcz Ltda., 556 páginas, São Paulo, 1995.
3. GLEISER, Marcelo, Criação Imperfeita, ISBN 978-85-01-08977-7?, 1ª edição, Editora Record, 366 páginas, São Paulo, 2010.
4. HUNTER, James C., O Monge e o Executivo, Uma História Sobre a Essência da Liderança, título original: The Servant, tradução: Maria da Conceição Fornos de Magalhães, ISBN 85-7542-102-6, 1ª edição, Editora Sextante, 140 páginas, Rio de Janeiro, 2004.
5. MARTINS, Maria Helena Pires; ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, Temas de Filosofia, ISBN 85-16-02110-6, 1ª edição, Editora Moderna Ltda., 256 páginas, São Paulo, 1998.
6. QUADROS, Bruno Pagani, O Pensador do Primeiro Grau, Coleção Biblioteca do Maçom, ISBN 978-85-7252-247-2, 1ª edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 184 páginas, Londrina, 2007.
7. STEVENSON, David, As Origens da Maçonaria, O Século da Escócia, 1590-1710, tradução: Marcos Malvezzi Leal, ISBN 85-370-0013-2, 1ª edição, Madras Editora Ltda., 286 páginas, São Paulo, 2005.
Biografias:
· Abraham Maslow ou Abraham H. Maslow, psicólogo de nacionalidade norte-americana. Nasceu em 1 de abril de 1908. Faleceu, em 8 de junho de 1970, com 62 anos de idade. Conhecido pela proposta hierarquia de necessidades de Maslow.
· Sócrates ou Sócrates de Atenas, filósofo de nacionalidade grega. Nasceu em Atenas em 468 a. C. Faleceu, em 399 a. C. Um dos mais importantes pensadores de todos os tempos.